Agora sou um deles


Os dias vão passando e a loucura chega, a tristeza aumenta, a solidão corrói,
 a alma vai morrendo, o meu ser desvanece, o coração para.
Agora sou um deles, daqueles que passam e ninguém vê, daqueles que gritam
 e ninguém ouve. Sou cada vez mais eu, um ser sombrio.
Vivo das trevas que me mentem, me sussurram ao ouvido doces mentiras de consolo.
Agora, a cada grito calado, a cada lágrima enxuta, sou cada vez mais eu.
Cada vez mais sombrio, cada vez mais nada. Vivo do nada e da fantasia.
Da fantasia do ser, do ser mais e contudo continuar a ser menos.  
 Do nada, do nada que tudo isto é, do vazio que tudo isto me deixa.

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